Nos últimos anos vivenciamos profundas mudanças no mundo todo que atingem os mais diferentes meios.
A música, um dos principais produtos culturais, presente a quase todo momento em nossas vidas e nos mais diferentes locais, talvez seja um dos campos onde essa mudança fica mais evidente, com a ascensão de artistas e estilos que saem do padrão.
Dessa forma, além de funcionar como um espelho da sociedade, seu poder de influência é gigantesco.
Ao longo da história foram inúmeras a formação de movimentos culturais, com seus códigos, hábitos e costumes que iniciaram ao redor da música.
Sendo assim, o que acontece no cenário musical não deve jamais ser ignorado.
E, assim como toda a indústria do entretenimento, esse cenário sofreu uma grande reviravolta nos tempos atuais.
A representatividade na música e as mudanças na publicidade
Produzir música, divulgar e vender música exigia um investimento considerável e, de repente, não é mais assim que acontece.
Tornou-se possível qualquer pessoa fazer suas músicas, gravar e divulgar.
A representatividade na música é uma realidade.
Graças à internet, ao YouTube e às redes sociais, por exemplo, canais aos quais o negro, o pobre, a mulher, o gay e todas as então chamadas “minorias” que juntas são a GRANDE maioria da sociedade ganharam espaço.
E, hoje, no cenário musical, temos a recorrência do talento que veio da favela ou que é negro, gay e “sem berço”, como Annita, Pabblo Vittar e Iza.
É inegável que a grande força do funk hoje entre a juventude se valeu dessas ferramentas.
Assim, uma grande parte da população passou a se ver representada nas artes e ocupando espaços aos quais não tinham acesso anteriormente.
O resultado disso não poderia ser outro que não a rejeição a um tipo de publicidade tradicional: o marketing aspiracional.
Hoje pode parecer um passado distante, mas, a publicidade brasileira sempre se apoiou nesse tipo de ação.
Comerciais vendendo uma realidade para poucos, reproduzindo aqueles que seriam os padrões “ideais” e sem diversidade.
A mensagem era clara: provocar desejos de que ao ter determinado ou produto se tornaria igual a esse padrão.
Que representava nada mais nada menos que a minoria que ocupa o topo da pirâmide social, por mais que o público-alvo de uma marca fosse majoritariamente outro e que nunca alcançasse a realidade vendida na publicidade.
Não raro, esse tipo de ação utilizava as “minorias” de forma caricata ou abusando da objetificação.
Em um momento que há uma elevação ao mercado de consumo de novos artistas que ainda por cima ganham voz e representatividade esse cenário precisa deixar de existir.
E é justamente isso que é possível percebermos cada vez mais. A publicidade agora busca exaltar a diversidade.
As mulheres deixam de ser apenas objetos, os negros deixam de ser invisíveis e o público LGBT deixa de ser tabu ou utilizado como “alivio cômico” para terem voz e espaço.
Essa, inclusive, parece ser uma tendência irreversível.
Que a representatividade na música continue a crescer, deixando nossa cultura como ela deve ser: diversa e rica.
E que a partir daí, novas mudanças ocorram e cada vez mais estejamos inseridos em um mundo onde a tolerância e o respeito sejam regras.
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Até a próxima!
Postado por: Central Brasileira de Shows | www.centralbme.com.br